Até o início da noite desta terça-feira (07/02), a Turquia e a Síria contabilizavam 7.726 mortos decorrentes dos terremotos que abalaram o sudeste do território turco e noroeste sírio. Em entrevista coletiva nesta terça, o vice-presidente da Turquia Fuat Oktay indicou a morte de 5.894 turcos e cerca de 35 mil feridos. A ONU (Organização das Nações Unidas) prevê um número de mortos ainda maior, cerca de 20 mil. É que ainda há milhares de pessoas soterradas sobre os escombros à espera de socorro em meio a neve e temperaturas abaixo de zero grau e chuva, tornando também uma luta contra o tempo.
Em meio a devastação, duas imagens correram o mundo nesta terça-feira. A primeira foi de um pai segurando a mão da filha presa sob escombros. Mesut Hançer segurava a mão da filha Irmak, de 15 anos que não resistiu aos ferimentos, falecendo segurando a mão do Pai.
Outra imagem registrou o comovente resgate de uma bebê que nasceu sob os escombros de um prédio de cinco pavimentos na pequena cidade de Jinderis, região de Alepo na Síria. Seu choro chamou a atenção dos moradores que a encontraram com o cordão umbilical ligado à mãe, identificada Afraa AbuHadiya, já morta. A bebê foi a única sobrevivente da família.
De acordo com o governo turco, mais de oito mil pessoas foram resgatadas dos escombros. As primeiras 72 horas após o primeiro tremor são cruciais para resgatar vítimas com vida.
O governo turco decretou hoje estado de emergência por três meses na região afetada pelo terremoto.
De acordo com a ONU, 23 milhões de pessoas foram afetadas pelos terremotos, dos quais mais de um milhão são crianças.
Dados indicam que mais de 11 mil prédios foram destruídos. A histórica cidade de Alepo na Síria que vive uma guerra civil há 12 anos foi praticamente destruída pelo sismo.
O serviço geológico turco indicou que desde a madrugada de segunda-feira, quando do primeiro tremor, foram registrados 280 tremores secundários.
A Turquia recebeu ajuda de mais de 70 países. Muitos enviaram equipes de busca e resgate com cães farejadores e equipamentos. Aviões carregados de alimentos e vestuário já chegaram a Istambul.
Já em relação a Síria o socorro aos atingidos pelos terremotos está mais difícil. A região atingida vivencia conflito com o governo Sírio, o que dificulta a chegada de socorro e de donativos. (Com informações de agências)