Há dez anos 242 jovens morreram em consequência do incêndio na casa noturna na maior tragédia registrada no País
Manter viva a memória da tragédia na Boate Kiss para evitar que uma situação como essa se repita é o lema de uma programação que ocorre nesta quinta e sexta-feira em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Há dez anos, o incêndio na casa noturna deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.
Muitas vítimas sobrevivente da tragédia ficaram com sequelas irreversíveis como cicatrizes resultado das queimaduras ou insuficiência respiratória necessitando de acompanhamento médico após uma década da tragédia ocorrida na noite de 23 de janeiro de 2013.
As atividades são promovidas pela Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria. Vão ser realizados painéis de discussão, homenagens e uma vigília na noite desta quinta.
O presidente da Associação e sobrevivente, Gabriel Rovadoschi, conta que o movimento de solidariedade se dissipou com o tempo. Por isso relembrar a história é uma resposta a esse silenciamento e uma luta contra a impunidade.
Além das atividades preparadas para estes dois dias, outras iniciativas são estudadas pela associação neste ano, inclusive uma ida a Brasília. E no Superior Tribunal de Justiça, a pressão continua para reverter a anulação do júri, que condenou quatro pessoas pelo incêndio, diz Gabriel.
As atividades em memória das vítimas vão se concentrar na praça Saldanha Marinho, no centro do município. O local fica a uma quadra da Kiss. (Fotos de Adriana Franciosi e Germano Rorato/RBS)