O número de mortos vítimas do terremoto que sacudiu o sudeste da Turquia e noroeste da Síria fronteira entre os dois países passou de 20 mil, dos quais pouco mais de duas mil mortes registradas na Síria segundo a atualização do Gerenciamento de Emergências e Desastres da Turquia na tarde desta quinta-feira (09/02).
Equipes de resgate correm contra o tempo para resgatar sobreviventes soterrados nos escombros nas dez províncias devastadas pelos dois terremotos que atingiram a região na segunda-feira de magnitude de 7,8 e 7,6. O frio, alguns de 15 graus abaixo de zero e a chuva torna o trabalho mais difícil.
Outro fato complicador são os abalos sísmicos secundários. Segundo a agência de gerenciamento de desastres da Turquia, foram registrados 650 tremores desde os dois terremotos, tornando o trabalho de busca e resgate mais difíceis e perigosos, na medida que vários prédios estão com suas estruturas colapsadas, com risco de novos desmoronamentos. Além do envio das equipes, vários países enviaram donativos para socorrer as milhares de pessoas vítimas do terremoto.
A Ucrânia que luta contra a invasão da Rússia desde fevereiro do ano passado enviou uma equipe de 88 pessoas para ajudar os turcos no desastre com especialistas em operações de busca e resgate, médicos, adestradores de cães e bombeiros.
Uma equipe do Brasil desembarcou no final da tarde de hoje na Turquia para se juntar nos esforços de socorro às vítimas do terremoto.
Até o final da tarde desta quinta-feira, 6.607 equipes de resgate de 56 países estão trabalhando nas dez províncias devastadas pelo desastre e outras equipes de 19 países deverão entrar em ação nas próximas horas.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, muito criticado pela demora no socorro às regiões atingidas tem visitado as áreas atingidas, onde o Governo e organizações humanitárias implantaram centenas de barracas para abrigar os desalojados.
A bebê que nasceu em meio a escombros dez horas depois do terremoto encontrada por voluntários na cidade de Jindires, na Síria, ligada à mãe morta pelo cordão umbilical vem se recuperando. Os médicos temiam lesões da coluna o que não foi confirmado. Ela recebeu no nome de Aya “sinal de Deus”. Além da mãe, morreram o pai e os quatro irmãos. Ela será criada por um tio-avô. (Com informações das agências)