Delegação da Venezuela é representada pelo Ministro das Relações Exteriores por indicação do Presidente
Caracas (VN) – Com receio de sofrer sanções ao deixar o País, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não participa da 7ª Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizada nesta terça-feira em Buenos Aires, Argentina. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (23/01), o Governo Venezuelano alegou a existências de um suposto “plano de agressão” da extrema direita contra a delegação. Opositores do presidente da Argentina, Alberto Fernández protestaram contra a presença do seu homólogo na reunião de cúpula. A Venezuela está representada pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil.
“Nas últimas horas, fomos informados de forma irrefutável de um plano elaborado dentro da direita neofascista cujo objetivo é realizar uma série de agressões contra nossa delegação chefiada pelo presidente”, disse o governo venezuelano em comunicado.
Ainda segundo a nota, Nicolás Maduro tomou “a decisão responsável” de enviar o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, “como chefe da delegação com instruções para levar a voz do povo venezuelano” ao evento.
“Como Estado fundador (da Celac), a Venezuela deseja garantir o sucesso deste principal mecanismo de união e integração regional em favor de nossos povos”, acrescenta o texto.
Maduro teria um encontro nesta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A possível presença do líder venezuelano – nunca confirmada oficialmente – gerou controvérsia e rejeição generalizada na Argentina, devido a queixas de violações dos direitos humanos na Venezuela.