Jogo do Poder AM

Jogo do Poder

General exonerado por pouco não foi aos tapas com o Ministro da Justiça na noite do dia 8 de janeiro

General Arruda e ministro Flávio Dino por pouco não se agrediram na tensa reunião na noite do dia 8 de janeiro.

Intervenção do ministro da Casa Civil Rui Costa evitou confronto físico entre o General Júlio Cesar Arruda e o ministro da Justiça, Flávio Dino

Por Eduardo Gomes/Agências

Aos poucos os bastidores da noite do dia 8 de janeiro, data em que extremistas bolsonaristas promoveram invasões e depredações nas sedes dos três poderes da República são revelados. Uma ríspida discussão entre o então comandante do Exército demitido neste sábado (21) e o ministro da Justiça, Flávio Dino, por pouco não descambou para a agressão. A revelação é do jornalista Guilherme Amado, publicada neste domingo (22) no site Metrópoles.

Os incidentes entre autoridades civis do Governo Lula e militares, teve início com o comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes e o interventor da Segurança pública, Ricardo Capelli nomeado horas antes pelo Governo Lula, diante da inação da Polícia Militar em Brasília em reprimir os extremistas.

Capelli acompanhado por tropa da PM sob seu comando, chegou ao Setor Militar Sul, onde está situado o QG do Exército com a determinação de prender os extremistas bolsonaristas acampados. O general Gustavo Henrique se opôs, afirmando que a tropa da PM não passaria dali.

Em seguida o interventor acompanhado pelo então coronel PM Fábio Augusto Vieira e o general Arruda se reuniram no Comando Militar do Planalto. Durante a discussão acirrada, general Arruda chegou a apontar o dedo na cara de Capelli e do comandante da PM. “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”, disse, em tom ameaçador, referindo-se às tropas da PMDF e do Exército.

O clima de animosidade aumentou momentos depois na reunião dos ministros Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa) com o general. Arruda exigiu a liberação dos ônibus apreendidos por transportar extremistas. Flávio Dino reagiu afirmando que os veículos não seriam liberados por serem provas de cometimento de crimes.

O general se exaltou ainda mais ao afirmar que os extremistas que se refugiaram no acampamento não seria presos. Flávio Dino refutou aumentando o tom de voz, afirmando que a ordem de prisão era dele. Neste momento os dois estavam em pé, evidenciando que os dois iriam para o embate . Foi necessário a intervenção do ministro da Casa Civil, Rui Costa, apaziguando a discussão, Ao final ficou acordado que as prisões seriam cumpridas no dia seguinte, segunda-feira (9).

Para evitar a prisão dos extremistas que promoveram ataques e destruição no Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, o Comando Militar do Planalto, mobilizou carros blindados e militares para proteger os radicais que atos os atos de vandalismo se refugiaram no acampamento montado desde o final do segundo turno em frente ao QG do Exército.

Notícias relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Proibida a cópia deste conteúdo.