O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres afirmou em seu Twitter que o documento entrado em sua casa durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, “foi vazado fora de contexto”.
“Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá…”, escreveu Anderson Torres que teve prisão preventiva decretada na última terça-feira (10/01) pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Torres está nos Estados Unidos e disse que vai se apresentar.
Anderson Torres exerceu cargo de ministro da Justiça até o dia 31 de dezembro. Ele retornou para a função de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro.
Pesa contra ele a acusação de negligência, omissão e falhas no esquema de segurança no Distrito Federal para impedir atos de vandalismo ocorridos no último domingo (08/01), quando centenas de bolsonaristas invadiram as sedes do Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
Em um ato incomum, Anderson Torres antecipou em dois dias a sua viagem, prevista em decreto assinado por Jair Bolsonaro no dia 27 de dezembro para o dia 9 de janeiro. Ele deixou o País no dia 7 e segundo informações, no dia 8, véspera dos ataques às sedes dos três poderes, teve um encontro com Bolsonaro em Orlando, na Flórida.