O Programa de Proteção da Saúde Indígena teve um orçamento de R$ 6,13 bilhões nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro (PL). Desse total, foram gastos um valor de R$ 5,44 bilhões no atendimento da população indígena, em todo Brasil.
No ano passado, por exemplo, para as Terras Indígenas Yanomami foram destinados R$ 51 milhões para a contratação de médicos e enfermeiros pela ONG evangélica Missão Caiuá.
Porém, as equipes de saúde contratadas não tiveram transporte do governo, para terem acesso às terras Yanomamis. A prestação do serviço de saúde foi impedida por falta de ‘planejamento’ e transporte, que era de responsabilidade do próprio governo federal.
O líder indígena Júnior Hekurari Yanomami disse na reportagem, que os profissionais da ONG Caiuá não entraram nas terras indígenas, desde que o governo Bolsonaro assumiu no poder.
Segundo matéria do O GLOBO, a ONG evangélica Missão Caiuá firmou um contrato de R$ 872 milhões com o governo federal, para atender regiões em diversos estados do Brasil. A entidade foi a que mais recebeu recursos do governo nos últimos anos.
O advogado da instituição Cleverson Daniel Dutra disse que o valor para região Yanomami, no ano passado, foi de R$ 45 milhões usado ‘exclusivamente é para a entidade contratar profissionais da área de saúde’. Contudo ele afirmou que o deslocamento do profissional até as aldeias é de responsabilidade do governo federal.
A reportagem cita denúncias da lideranças yanomamis de que as empresas de transporte aéreo da região são de propriedade dos próprios garimpeiros, que passaram a diversificar seus negócios e, consequentemente, a controlar o acesso de pessoas na área (des) protegida.
Fonte: O Dia