A idosa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, foi uma das seis pessoas presas das 11 pessoas com mandado de prisão preventiva expedida pelo Alexandre de Moraes na manhã desta sexta-feira, na terceira fase da operação “Lesa Pátria” deflagrada pela Polícia Federal em cinco Estados e no Distrito Federal. Bolsonarista, ela participou da invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro, quando extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram a sede dos três poderes da República, promovendo destruição.
Conhecida como “Fátima de Tubarão”, ela foi filmada no interior do STF. No vídeo que viralizou nas redes sociais, “Fátima de Tubarão” disse que ia “pegar o Xandão”, uma alusão ao ministro Alexandre de Morais. “Quebrando tudo e cagando nessa bosta aqui”, disse em outro vídeo.
Fátima que reside no sul de Santa Catarina, possui ficha criminal. Ela foi condenada por tráfico de drogas e falsificação de documentos.
Além de 11 mandados de prisão, a Polícia Federal também cumpriu 27 mandados de busca e apreensão. Uma dessas buscas foi nos endereços de Léo Índio, sobrinho do ex-presidente e primo preferido de Carlos Bolsonaro. Ele esteve presente nos atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro. Os mandados foram realizados nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo.
Além de Fátima foram presos o advogado Eduardo Antunes Barcelos em Cataguazes, Marcelo Eberle Motta coordenador da página “Direita Vive” em Minas Gerais, o empresário da construção civil Cláudio Mazzia acusado de ser um dos financiadores, o policial federal aposentado José Fernando Honorato de Azevedo preso em Goiânia e o ex-policial militar Valfrido Chieppe, preso em Vila Velha no Espírito Santo.
Eles vão responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.