O funeral do ex-governador do Amazonas, Amazonino Armando Mendes, teve início nesta quinta-feira (16/02), no hall do Teatro Amazonas. O Governo do Estado preparou uma estrutura e efetivo estadual para as últimas homenagens em respeito à trajetória política de Amazonino.
As primeiras homenagens no Teatro Amazonas tiveram início às 14h, sendo reservadas para a família do político e homenagens das autoridades.
O governador Wilson Lima esteve presente no funeral, juntamente com o vice-governador Tadeu de Souza, prestando condolências aos familiares e amigos do ex-governador do Estado.
“Hoje, eu vim em reconhecimento a este legado que fica, a tudo que o Amazonas construiu ao longo desse tempo que Amazonino Mendes esteve na vida pública. Assim que eu soube do seu falecimento, decretei sete dias de luto e conversei com a família. O estado do Amazonas tem rendido todas as homenagens que são destinadas a um chefe de Estado”, disse o governador.
Também estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade, prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Érico Desterro, senador Eduardo Braga (MDB), ex-prefeito de Manaus e ex-senador Alfredo Nascimento (PL), ex-secretário de Cultura do segundo e terceiro mandato no governo do Estado do ex-governador, Robério Braga dentre outras autoridades.
Eduardo Braga destacou que Amazonino Mendes tinha como objetivo de criar uma “nova escola política”. O senador integrou o grupo próximo de Amazonino desde a década de 80. Formou chapa com Amazonino em 1992 na função de vice para Prefeitura de Manaus derrotando o grupo formado pelo ex-governador Gilberto Mestrinho e Arthur Neto.
Ao chegar ao velório, o governador Wilson Lima (UB), observou a capacidade de Amazonino de conversar com a mais alta autoridade e pessoas do povo.
Secretário de Cultura do Estado por quase oito anos, Robério Braga afirmou que o ex-governador deixou um legado na Cultura.
VISITAÇÃO
A visitação do público teve início às 17h, e segue até as 5h da manhã de sábado (18/02), em regime de 24 horas. Para ter acesso ao funeral na madrugada do último dia, é necessário estar na fila até a meia-noite de sábado.
Francisco Gomes, de 62 anos, veio do município de Careiro Castanho (a 123 quilômetros de Manaus), prestar a sua última homenagem ao ex-governador.
“Graças a ele, hoje eu estou estabilizado. Na época em que ele era governador, trabalhei na reforma do Teatro Amazonas, e quando fiquei sabendo do velório, falei que viria agradecer ao meu ex-patrão e desejar que ele esteja em um bom lugar”, contou.
Já Maria Mendes, de 58 anos, contou que veio do bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, agradecer a época em que trabalhou como feirante no Mercado Municipal Adolpho Lisboa.
“Eu devo todo o meu sucesso de vida ao ex-governador. Eu trabalhava no Adolpho Lisboa na época, e ele me apoiou muito. Trabalhei, eduquei meus filhos, e hoje, tenho uma casa. Ele era um político que eu amava”, emocionou-se.
Na manhã de sábado, será realizado, às 8h, um culto reservado à família, seguido pela solenidade de honras militares. A saída do cortejo acontecerá às 9h, com passagem pelo Palácio Rio Negro, na Avenida Sete de Setembro; primeira unidade da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na avenida Leonardo Malcher; e Sede do Governo, na Avenida Brasil, seguindo para solenidade de cremação reservada à família.
TRAJETÓRIA POLÍTICA
Natural do município de Eirunepé, Amazonino Mendes tinha 83 anos de idade. Em sua longa carreira política foi Senador da República, prefeito de Manaus por três mandatos e quatro vezes governador do Estado. O político amazonense faleceu no domingo (12/02), vítima de complicações de saúde, em São Paulo, onde estava internado.