O alvo do grupo eram pessoas envolvidas na criminalidade, segundo informou o Ministério Público
Manaus (AM) ─ O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública ambos do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) prendeu na manhã desta terça-feira (29/07) oito policiais militares e do perito da Polícia Civil identificado apenas pelas iniciais M.A.F. de A, suspeitos de integrarem um bando criminoso. Contra o grupo pesam acusações de roubo e extorsão. Ao todo foram cumpridos nove mandados de prisão e 23 de busca e apreensão em vários pontos de Manaus.
A operação denominada de “Militia” ( milícia em latim) apreendeu R$ 11 mil reais em espécie e 17 armas dos quais quatro fuzis em poder dos suspeitos.
Membros do Gaeco realizaram diligências na sede da Força Tática da Polícia Militar, localizada na Praça 14, onde prenderam Marcílio Pantoja, André Luiz Silva de Sá, Alijhone Gouveia e Augusto César Guimarães. Ocorreram prisões de Alerson de Almeida Liman na 23ª. Companhia Interativa Comunitária da Polícia Militar (Cicom), de João Bosco de Assis Alves na cavalaria da PM no bairro de D. Pedro, de Eldon Nascimento de Souza, no Comando de Policiamento de Área Sul e do tenente da PM aposentado Júlio de Almeida Lima Filho.
As investigações tiveram início em fevereiro, quando o bando sequestrou um homem, retirando-o à força de seu veículo. Segundo o promotor Armando Gurgel Maia, os acusados trajando coletes, balaclavas (capuz para esconder o rosto) e portando armas de grosso calibre abordaram a vítima, que viria ser encontrada no final da tarde por uma equipe da Rocam no bairro de Santa Etelvina.
Essa abordagem foi filmada por populares. Essa vítima teve a janela do carro quebrada e foi retirada de dentro do seu próprio veículo. O homem desapareceu por várias horas, ficando sob domínio desses suspeitos até o final da tarde, quando ela foi liberada e encontrada por uma equipe da Rocam no bairro Santa Etelvina”, explicou.”
A partir da denúncia investigação identificaram outras vítimas, um casal que foi alvo de abordagem semelhante e extorquidos cerca de R$ 300 mil.
Segundo o promotor, o alvo dos suspeitos eram pessoas suspeitas de atividades criminosas. “A ideia desse grupo era a busca por dinheiro, armas ou drogas, alguma coisa que pudessem converter em alguma vantagem econômica de alto valor”, afirmou.
Durante as investigações outras três vítimas dos suspeitos foram identificadas e ouvidas pelo Ministério Público.
Durante a entrevista coletiva sobre a operação, o comandante-geral da PM, Klinger Paiva, afirmou que os acusados não representam a corporação. “A Polícia Militar recebe as denúncias com muita seriedade, colaborando com as investigações em curso. Esses policiais não representam os mais de 8.500 homens e mulheres que estão nas ruas protegendo a população. Já abrimos processos administrativos, afastamos os suspeitos das atividades e recolhemos suas armas”, declarou.
Os suspeitos foram levados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde prestam depoimento. Em seguida, devem passar por audiência de custódia e ficar à disposição da Justiça. (Com informações do https://marioadolfo.com )