Na Itália, a cidade de Milão registrou o maior número de mortes, seguido de Paris, Barcelona e Lisboa
Copenhague/Bruxelas ─ Um estudo de cientistas do Imperial College London e da London School of Hygiene and Tropical Medicine, divulgado nesta quarta-feira (09/07) indica que no período de 23 de junho a 2 de julho, cerca de 2.300 pessoas morreram em consequência do calor extremo na Europa. Segundo o estudo, em Milão, Itália foram registradas 317 mortes. A temperatura em território europeu ultrapassou os 40 graus Celsius, causando ainda incêndios florestais.
Conforme o estudo, a mortalidade atinge pessoas com idade acima de 65 anos, onde foram detectados 88% das mortes. Os números podem ser subestimados. A maioria das vítimas morreu em casa ou em hospitais.
O climatologista do Imperial College e coautor da pesquisa, Ben Clarke as “ondas de calor não deixam um rastro de destruição, a exemplo dos incêndios florestais ou de tempestades”. No entanto, ele assinalou que o calor extremo está matando mais pessoas do que as cheias.

O Serviço de Observação da Terra da União Europeia, Copernicus, registrou um aumento nas temperaturas noturnas, denominada “noites tropicais, com temperaturas acima de 20°C. Na recente onda de calor em junho, o sul da Espanha registrou temperaturas de 46 °C segundo a Agência Estatal de Meteorologia da Espanha.
Tomando por base dados do Copernicus, a agência France-Presse calculou que o calor extremo não se concentra apenas na Europa Ocidental, mas em outras regiões do planeta, abrangendo 12 países, afetando a vida de 790 milhões de pessoas que viveram o junho mais quente. Dentre esses países estão o Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Paquistão e Tajiquistão.
As ondas de calor extremo na Europa Ocidental começaram a ser observadas em 2003. Estimativas indicam a morte entre 35.000 a 70.000 mortes.
A Itália e a França foram os mais afetados, registrado respectivamente 20.000 e 15.000 mortes. Portugal registrou mais de 2.000 mortes devido ao calor extremo.
A recente onda de calor tem origem na África. Seu deslocamento criou uma “cúpula de calor” estacionada sobre a Europa comprimindo o ar em direção à superfície. (Com informações de Agências de Notícias)