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Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou prisão domiciliar para Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4), acompanhada de busca e apreensão e novas restrições severas. A medida veio após o descumprimento de cautelares, incluindo a proibição de uso de redes sociais de terceiros. Flávio Bolsonaro publicou um vídeo do ex-presidente, ignorando as restrições. Os advogados de Bolsonaro souberam da decisão pela imprensa enquanto a PF agia. Moraes justificou a decisão citando o incentivo a ataques ao STF e apoio a intervenção estrangeira, no âmbito de um inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro e a trama golpista.
Prisão domiciliar para Bolsonaro: Moraes decreta medida e busca e apreensão por descumprimento de cautelares. Proibido celulares e visitas.

Ex-presidente também está proibido de receber visitas e usar celulares. Se descumprir pode ser preso em regime fechado

Brasília (DF) ─ O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moraes também determinou a realização de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília. O ministro também estabeleceu novas medidas contra Bolsonaro. Dessa forma, o ex-presidente está proibido de receber visitas, exceto dos advogados. Além disso, ele está proibido de usar celulares, inclusive de terceiros.
A medida foi determinada após o descumprimento da medida cautelar que impedia o ex-presidente de usar as redes sociais de terceiros.

Flávio Bolsonaro apagou vídeo chamada para o pai


Neste domingo (03/08), durante os atos de apoio realizados em todo o país, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou um vídeo em suas redes sociais com a manifestação do ex-presidente. Momentos depois ele apagou as postagens, em uma clara indicação que ele sabia da transgressão das medidas anteriormente impostas ao ex-presidente.
Os advogados do ex-presidente e réu foram pegos de surpresa. Eles souberam da decretação de prisão domiciliar através da imprensa enquanto agentes da Polícia Federal cumpriam mandados na casa de Bolsonaro.
No mês passado, Moraes determinou diversas medidas cautelares contra Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e restrição ao uso de redes sociais, incluindo perfis de terceiros.
Em sua decisão (acesse aqui a íntegra do documento), o ministro destacou que Flávio Bolsonaro e outros dois filhos do ex-presidente, Carlos e Eduardo, publicaram em suas redes sociais postagens de agradecimento de Bolsonaro aos apoiadores que compareceram aos atos realizados ontem. Dessa forma, segundo Moraes, houve descumprimento das restrições determinadas anteriormente.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apoio, ostensivo, à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”, afirmou.
As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado pela sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo. Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.
Nesse processo, o ex-presidente é investigado por mandar recursos, via pix, para bancar a estadia de seu filho no exterior. Bolsonaro também é réu na ação penal da trama golpista no Supremo. O julgamento deve ocorrer em setembro.

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