Moradores filmam militares venezuelanos ultrapassando a linha de fronteira diante da falta de presença militar brasileira
O governo do ditador venezuelano Nicolás Maduro fechou pela segunda vez a fronteira com o Brasil, nesta quarta-feira, (22/01). Desta vez o pretexto para o fechamento da fronteira em Pacaraima, Roraima, foi a realização da operação “Escudo Bolivariano 2025”, onde segundo o ministro do Interior e da Justiça, Diosdado Cabello, em um vídeo divulgado nas redes sociais, seria “exercício popular, militar e policial. A operação termina amanhã, quinta-feira, quando a fronteira será reaberta.
O primeiro fechamento da fronteira ocorreu no dia 10 de janeiro, dia em que o ditador Nicolás Maduro tomou posse para o terceiro mandato de seis anos ao se autoproclamar vencedor das eleições realizadas em julho do ano passado, em apresentar as atas eleitorais que comprovassem sua suposta vitória.
O “Escudo Bolivariano 2025” está em andamento e envolve 150 mil militares, das cinco forças, com a realização de 290 exercícios Mobilizando 159 navios, 50 aviões e 250 veículos militares terrestres entre tanques e artilharia.
Segundo o site Roraima na Rede, relatos de moradores e vídeos obtidos pela reportagem mostram filas de veículos nos dois lados da fronteira, com destaque para carros vindos da Venezuela, cujos ocupantes buscam entrada no Brasil. A presença de tanques e outros equipamentos militares na região intensificou a tensão entre aqueles que dependem da travessia para atividades comerciais e familiares.
Conforme o site, moradores de Pacaraima expressaram indignação e preocupação com a fragilidade da fronteira, dada a falta de presença militar brasileira, o que permite a incursão de militares venezuelanos em solo brasileiro.

Um exemplo da fragilidade foi relatado pelo presidente da Associação de Pacaraima.
“No dia de ontem, no primeiro dia de exercício militar do Exército Venezuelano, para nossa surpresa, tivemos aí um pequeno incidente ali na fronteira com a ultrapassagem de tropas venezuelanas para o lado brasileiro. Ainda que poucos metros, como 50 metros mais ou menos, mas passaram com seus veículos fortemente armados e isso nos intrigou até porque não deveria”, disse o comerciante. Um vídeo confirma a presença de um pequeno comboio de militares venezuelanos que participam da operação em solo brasileiro.
Pacaraima é a principal porta de entrada de venezuelanos que deixam o país diante da crise econômica, social e política no qual mergulhou a Venezuela durante o regime de Nicolás Maduro.