Na véspera da controversa posse do autocrata venezuelano aumenta o clima de tensão marcada por manifestações
A 24 horas de sua posse após se autodeclarar vencedor das eleições venezuelana, o governo de Nicolás Maduro intensificou a repressão contra a oposição. A líder da oposição venezuelana Marina Corina Machado foi alvo de detenção no início da tarde desta quinta-feira após participar de uma manifestação contra o governo do ditador Nicolás Maduro. Corina estava deixando o local da manifestação, sua comitiva foi abordada violentamente, inclusive com disparos de tiros. Ela permaneceu desaparecida por algumas horas, sendo liberta no final da tarde diante da repercussão internacional. A detenção de Marina antecede a posse do ditador da Venezuela marcada para amanhã, sexta-feira (10/01) aumentando o clima de tensão no País.
Marina Corina entrou para a clandestinidade desde agosto do ano passado, após uma série de manifestações contra possível fraude eleitoral. A oposição reivindica a vitória do candidato oposicionista Edmundo Gonzalez com 60% dos votos, divulgando 80% das atas eleitorais. Já Maduro e seus correligionários afirmam ter vencido a eleição com 51% dos votos, sem, no entanto, divulgar as atas de votação.
Nicolás Maduro governa a Venezuela desde 2013 ao substituir Hugo Chaves. Durante seu governo, a Venezuela foi mergulhada em uma profunda crise econômica e social.

Várias manifestações contra Nicolás Maduro marcaram esta quinta-feira, algumas reprimidas com violência pelo ditador. O governo do autocrata venezuelano reforçou o aparato repressivo em Caracas.
Marina Corina, de perfil de direita, recebeu a solidariedade de diversos governos. O ex-candidato de oposição apoiado por Marina, Edmundo Gonzalez, que está no exílio e prometeu estar em solo venezuelano nesta sexta-feira, condenou o sequestro e detenção da líder oposicionista exigindo sua imediata libertação, onde segundo informações foi obrigada a gravar vídeos.
Membros do governo do ditador Maduro rechaçaram a acusação de detenção de Corina. Segundo o ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmaram que a prisão foi forjada pela oposição. (Com informações das agências internacionais)